Arte
1. O grafite é uma forma de arte contemporânea de características essencialmente urbanas. São pinturas e desenhos feitos nos muros e paredes públicos. Não é simplesmente uma pichação, mas uma expressão artística. Tem a intenção de interferir na paisagem da cidade, transmitindo diferentes idéias. Não se trata, portanto, de poluição visual. GRAFFITE COMO ARTE DE RUA
2. O uso do espaço comum para se manifestar CONTEXTUALIZAÇÃO O poder público é o administrador que tem a capacidade de regular a utilização mesmo que seja para a degradação, dos lugares de uso comum. Neste contexto, diversos grupos utilizam-se deles, para os mais variados fins. Mesmo não autorizados, tentam recriar ou dar um novo uso ou uma nova forma a esses lugares. Um dos sentidos não autorizados seria o de transformar esses lugares em painéis de comunicação. Atos de pichações ou grafites, entre outras maneiras, recriam a utilização destes espaços. Esse grupo se qualifica como um movimento que abrange mais que valores estritamente estéticos. Possui uma ideologia que é transmitida essencialmente por meio da música, dança e a expressão plástica. Mesmo que a essência do grafismo desse grupo contenha elementos semelhantes a outros grupos, como o ato comunicativo e contestatório, este procura transmitir por meio de suas imagens, por vezes demais realistas, o lúdico, nuclear a todo o seu ideário enquanto proposta questionadora. As figuras de animais e homens pré-históricos pintadas nas cavernas há dezenas de milhares de anos são vistas como traços de narrativas antigas ou rituais místicos. O paleontólogo americano Russell Dale Guthrie discorda dessa tese. Para ele, grande parte da arte produzida por nossos ancestrais do tempo das cavernas foi feita por jovens, por pura diversão. Em seu livro ainda não lançado no Brasil, The Nature of Paleolithic Art (A Natureza da Arte Paleolítica), Guthrie reacende a polêmica sobre a natureza da arte ancestral. Para ele,