ARTE

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO
Disciplina: Teoria e História da Arte III Prof.: Alexandre L. Guedes
Nome: Paloma Bello Matricula: 201035519-7
Fichamento
LICHTENSTEIN, Jacqueline. A Pintura – Vol. 5: Da Imitação à Expressão. In: Francisco de Hollanda, Quatro Diálogos Sobre a Pintura (“Diálogo IV”); Leonardo da Vinci, Tratado da Pintura. São Paulo, Editora 34, 2004.
P. 40 – Diálogo IV
“ ‘Sou contente’, disse Michelangelo, “de vos dizer por que se costuma pintar aquilo que nunca no mundo se viu, e quanta razão tem tamanha licença, e como é mui verdadeira, ...”.
P. 41
“ ... os poetas e os pintores têm poder para ousarem, digo ousarem o que lhes aprouver. E este ver bem e este poder sempre o tiveram; quando algum grande pintor ( o que mui poucas vezes acontece) faz alguma obra que parece falsa e mentirosa, aquela tal falsidade é mui verdadeira. E se ali fizesse mais verdade, seria mentira”.
P. 43/44
“ E assim como há quem chamam pintor e não é pintor, assim há pintura que não é pintura, pois esses tais a fizeram. E o que é maravilhoso é que o mau pintor não pode nem sabe imaginar, nem deseja fazer boa pintura na sua ideia, porque a sua obra o mais das vezes é pouco desconforme da sua imaginação e pouco pior. Se ele soubesse imaginar bem ou com mestria na sua fantasia, não podia ter a mão tão corrompida, que não mostrasse alguma parte ou indício de seu bom desejo. Mas nunca soube desejar bem nesta ciência senão aquele entendimento que entende o bem e quanto pode alcançar dele. E esta é grave coisa e diferença que há entre o desejo do alto entendimento na pintura e o do baixo”.
P. 44
“ ‘Assim é ela tamanha empresa’, prosseguiu Michelangelo, “que não somente basta, para imitar em alguma parte a imagem venerável de Nosso Senhor, ser um pintor, pgrande mestre e muito avisado; mas tenho eu que lhe é necessário ser de muito boa vida, ou ainda, se ser