Arte
Conceito de Cultura
O termo é polissémico. É difícil encontrar uma definição de cultura, universal e essencialista, que agrade às diferentes perspectivas e variantes. De qualquer modo, podemos dizer que cultura:
- é antes de tudo a humanização, aquilo que nos distingue da natureza e do comportamento natural (grosso modo, o que não é inato, constituindo aquisição e memória)
- é o próprio modo de ser humano, como processo e produto, historicamente fundado
- é o conjunto de normas, valores e bens materiais característicos de um determinado grupo social (Anthony Giddens)
- é o complexo que inclui conhecimentos, crenças, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade (Edward B. Taylor)
- é também o requinte individual que distingue um indivíduo dos seus semelhantes (Dicionário Prático de Filosofia, vv.aa,, Terramar, 1998)
Há vários sentidos específicos, várias entoações de significado dadas ao conceito de cultura, conforme a perspectiva de que se olhe (a antropológica, a filosófica, a artístico-literária, etc.). Portanto, a tónica pode recair sobre padrões comportamentais, saberes, representações e crenças, criações espirituais e materiais, a própria ideia de civilização, etc.
Níveis de cultura:
No passado, predominava a concepção de cultura das elites, como se a cultura popular não fosse suficientemente cultura. Desde o século XIX verifica-se uma tripartição da cultura: podemos falar em 1. “Alta cultura” ou “de elite”, 2. “Cultura de grande público” ou, mais modernamente, “cultura de massas” e 3. “Cultura popular”. Podendo ainda fazer-se uma chamada de atenção para “culturas específicas” (resultantes das heterogeneidades étnicas e religiosas). Digamos que a cultura, no seu conceito mais estrito, se democratizou ou, numa perspectiva mais crítica, se massificou.
Outros aspectos:
“A nossa mente é um mosaico”, disse-o António