Arte Indígena no Brasil
Do período entre 5000 a.C. e 1100, há vestígios de culturas amazônicas com alto grau de sofisticação na fabricação e decoração de artefatos de cerâmica, como as da ilha de Marajó e da bacia do rio Tapajós, onde se registra a presença de complexos vasos antropomorfos e zoomorfos, com suportes e apliques ornamentais. Ainda no contexto amazônico, são dignas de nota as estatuetas de terracota, sobretudo com representações femininas e de animais, e os objetos de pedra, como os pingentes representando batráquios (muiraquitãs).
São igualmente importantes as cerâmicas encontradas na costa maranhense (tradição Mina, c. 3200 a.C.) e no litoral baiano (tradição Periperi, c. 880 a.C.), com difusão ampla e diversificada, atingindo certas áreas meridionais já em plena era cristã. Mais simples em sua composição do que as cerâmicas amazônicas, essas peças sobressaem pela diversidade de técnicas decorativas, que vão da pintura, incisão e excisão até o escovamento, corrugação, ungulação, etc.
De forma genérica, a arte plumária indígena e a pintura corporal atingem grande complexidade em termos de cor e desenho, utilizando penas epigmentos vegetais como matéria-prima. Por fim, destaca-se a confecção de adornos peitorais, labiais e auriculares, encontrados em diversas culturas diferentes espalhadas por todo o território brasileiro.
◙ As Máscaras
• Significado para os Índios:
Para os indígenas, as máscaras têm um caráter duplo: ao mesmo tempo em que é um artefato produzido por um homem comum, são a figura viva do ser sobrenatural que representam. São feitas com cascas de árvores, cabaças de palhas de buriti. Com seu simbolismo, as máscaras aproximam estas forças sobrenaturais ao indivíduo e materializam todos os códigos inscritos nos rituais e mitos, facilitando a leitura que cada um dos índios fará destes códigos.
• Ultilização:
Geralmente são usadas em danças cerimoniais, representando personagens da mitologia indígena. Usadas também