arte erótica
Além disso, há uma longa tradição de pintura erótica nas culturas orientais, no Japão, por exemplo, o estilo shunga apareceu no século 13 e continuou a crescer em popularidade até o final do século 19, quando a fotografia foi inventada.3 Da mesma forma, a arte erótica de China atingiu o seu pico popular durante a última parte do Dinastia Ming.4 Em Índia, o famoso Kama Sutra é um antigo manual de sexo que ainda é popularmente lido todo o mundo.5
O grande paradoxo da nudez, parece, é que ela, embora esteja à nossa frente, jamais será conquistada. Há algo de inatingível nesse corpo que se deixa tocar ao abrir-se inelutavelmente para a comunicação com outro. Tal "conquista" não é definitiva, mesmo quando no afã dos corpos ela quer render-se a ponto dos partícipes do jogo erótico sentirem que "possuem" um ao outro mesclando-se através dessa porta encantatória, à luz dos poros: a nudez.
Por isso soa insustentável, na medida forçosa e ilusória do mito (no sentido barthesiano do artifício querendo-se natural), o ideal adâmico dos nudistas no encalço de um suposto paraíso. Afinal, a nudez aqui é ostentada em nome de quê? Da vida ao ar livre? Da liberdade? Da transgressão ingênua que se faz lei? Hedonistas, acreditam agir "conforme à natureza" passando a desfrutar das graças de uma comunidade instituída sob a lei de seu próprio desejo. Mas na crença de uma vida mais livre, "sem preconceitos", e sobretudo sem o "constrangedor"