Arte com mídias locativas
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ARTE COM MÍDIAS LOCATIVAS (LOCATIVE MEDIA ART)
Arte com mídias locativas (locative media art) pode ser definida como processos artísticos que usam tecnologias e serviços baseados em localização. O objetivo é criar autoria no espaço público questionando e tensionando questões como mobilidade, lugar, espaço, público, vigilância, controle e monitoramento. Trata-se de processos artísticos que buscam soluções estéticas para a nova fase da “internet das coisas”, do “ciberespaço pingando no mundo real” (Russel, 1999), tendo como fundo o novo espaço híbrido e intersticial (Santaella, 2008), o território informacional (Lemos, 2007) formado pela nova fusão do espaço físico com o eletrônico. Não se trata de arte eletrônica feita para o ciberespaço (como a Net Art ou a Web Art), mas de obras e processos que utilizam o espaço urbano e as novas tecnologias móveis, redes e sensores aí presentes.
A arte com mídia locativa é herdeira da arte eletrônica (cyberarts), da arte urbana, das artes móveis (mobile art), assim como da land art, dos site specific, do happening, da performance e, mais claramente, do situacionismo, do letrismo, da arte da deriva e da psicogeografia, iniciada com dadaístas e surrealistas. Essa nova expressão artística é ao mesmo tempo urbana, tecnológica e midiática. A arte com mídias locativas usa as mídias locativas como forma de apropriação criativa do espaço urbano onde o lugar ganha a dimensão de bancos de dados informacionais. O lugar, na fase da “internet das coisas”, deve ser pensado como uma somatória de suas dimensões física, social, cultural, simbólica e dos novos banco de dados eletrônicos aí acoplados. Para compreender as experiências artísticas com os atuais dispositivos móveis e de localização, devemos descrever, rapidamente, o que entende-se por mídia locativa já que o termo foi criado por artistas