Arte bizantina
A arte bizantina se refere às manifestações artísticas próprias do Império Bizantino (entre os séculos V e XV). Está intimamente relacionada com a religião, obedecendo a um clero fortalecido que possui, além das suas funções naturais.
Destaca-se na escultura o trabalho com o marfim, principalmente o dípticos, obra em baixo relevo, formada por dois pequenos painéis que se fecham, ou os trípticos, obras semelhantes às anteriores, porém com uma parte central e duas laterais que se fecham. Podemos citar como características principais a uniformidade, a rigidez, falta de naturalidade, presença de linhas geométricas e folhagens estilizadas.
Imperatriz Teodora
A beleza de Teodora era tema do louvor mais lisonjeiro e fonte de refinado deleite. Tinha ela traços delicados e regulares; sua tez, conquanto um pouco pálida, tingia-se de rubor natural; a vivacidade dos seus olhos exprimia de imediato todas as sensações; seus gestos desembaraçados punham-lhe à mostra as graças da figura pequena, porém elegante; e o amor e a adulação cuidavam de proclamar que a pintura e a poesia eram incapazes de representar a incomparável distinção de suas formas. Estas se sobressaíam, contudo pela facilidade com que se expunham aos públicos e se prostituíam a desejos licenciosos. Seus encantos venais eram prodigalizados a uma turba promíscua de cidadãos e forasteiros de toda classe e profissão. O historiador satírico não corou de descrever as cenas de nu que Teodora exibia sem vergonha no teatro. Após exaurir as artes do prazer sensual, ela resmungava ingratamente contra a parcimônia da Natureza, mas seus resmungos, seus prazeres e suas artes têm de ser encobertos pela obscuridade de uma linguagem culta.