Arranjos familiares
A sociedade contemporânea apresenta novos arranjos familiares, e hoje não se fala em um modelo ideal de família, mas em arranjos diferenciados que surgem ao longo do tempo. As separações ou divórcios, os métodos contraceptivos e a mulher no mercado de trabalho são alguns fatores que geram estas transformações na família. O presente trabalho visa analisar os novos arranjos familiares e suas perspectivas diante de direitos e mudanças sociais desde a evolução e surgimento da família . Recebendo e planejando as mudanças ao longo da “evolução” da sociedade, a família vem apresentando modificações e novas configurações na atualidade. Podemos perceber que a família nuclear ainda é predominante, mas nos deparamos cada vez mais com o surgimento de “novos” arranjos familiares; novas maneiras de ver e ser família. Estes novos arranjos baseiam-se mais no afeto e nas relações de cuidado do que em laços de parentesco ou consangüinidade (LOSACCO, 2007). Segundo Zamberlam (2001), estas mudanças acabam por repercutir no exercício não só da maternidade, mas também da paternidade. Por um lado, percebe-se o crescimento da participação dos homens na criação dos filhos, exercendo o papel delegado a eles de provedores e procriadores, mas se envolvendo também na questão do cuidado e do afeto. Essas mudanças também ocorrem, devido a uniões desfeitas, gravidez na adolescência, mulheres se tornando chefes de família, entre outros fatores, percebemos que o homem tem se ausentado nas relações com seus filhos, seja pelo abandono, separação, morte ou negligência. Assim vivenciamos um momento contraditório de “pais cuidadores” e “pais ausentes”.
Analisando as responsabilidades entre pai e mãe, as novas configurações familiares e a ausência paterna como novo fator a ser discutido. A família como instituição socializadora de seus membros é o espaço de proteção e cuidado onde pessoas se unem pelo afeto ou laços de parentesco, independente do arranjo familiar em