Arquitetura
Antonio Carrilho Farias, 07/08/2012
Existem várias características que podem delinear o que seria uma cidade ideal, aquela que muitos sonham para viver: a cidade dos sonhos. Mas será que existe a cidade dos sonhos? Tenho estudado muito o assunto e encontrei vários componentes que, em tese, seriam indicadores de uma cidade ideal, entre eles os aspectos inerentes à mobilidade urbana e sustentabilidade. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, nos seus artigos 182 e 183, estabelece a política urbana, em nosso país. Mais especificamente o artigo 182 diz, no seu caput: “A política de desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes”. Veja o leitor a ênfase no bem-estar da população, que tem ficado a desejar em grande parte das cidades brasileiras, nos seus diversos governos. Mais tarde, esses artigos foram regulamentados pela lei 10.257 de 10/07/2001, conhecida como Estatuto da Cidade.
Quando tratamos de cidade ideal para se viver, a primeira preocupação, portanto, é com a qualidade de vida. A questão que surge é o que significa qualidade de vida para cada pessoa. Interessante reportagem de Rego, do periódico “A Tarde”, de Salvador (15/7/2012, p. A4), denominada “Soteropolitano quer melhor qualidade de vida”, sobre uma pesquisa realizada em 21 capitais brasileiras, aponta que “Salvador ficou na pior colocação em habitação e mobilidade e no segundo pior lugar no quesito segurança”. Veja um trecho da reportagem:
[...] O estudo abrangeu seis critérios em números levando em consideração a acessibilidade, habitação, saúde, educação, mobilidade urbana, emprego e segurança pública. Foi considerada a situação nos últimos cinco anos. [...].
[...] a pesquisa procurou determinar como a pessoa percebe a cidade onde