Arquitetura

O voo de Le Corbusier

Le Corusier foi u arquiteto, urbanista e pintor, conhecido pelo seu enorme poder de sintetizar de forma brilhante toda a influência que teve contato durante a suas viagens por diversas partes do mundo, conhecendo diferentes culturas e em diferentes épocas. Projetou sua primeira casa aos dezoito anos em sua cidade natal, em 1907 viajou para Itália onde se impressionou com a visita que fez a Cartuxa de Ema, sua próxima viagem foi para Alemanha na escola de arte, onde teve contato com outros grandes nomes da arquitetura, mas foi na famosa “Voyage d’Orient” que ele desenvolve sua perspectiva pessoal sobre a arte arquitetônica.
Com suas perspectivas bem definidas, estabelece os cinco pontos da arquitetura: planta livre (através de uma estrutura independente permite a livre locação das paredes, já que estas não mais precisam exercer a função estrutural), fachada livre (resulta igualmente da independência da estrutura. Assim, a fachada pode ser projetada sem impedimentos), pilotis (sistema de pilares que elevam o prédio do chão, permitindo o trânsito por debaixo do mesmo), terraço jardim ("recupera" o solo ocupado pelo prédio, "transferindo-o" para cima do prédio na forma de um jardim) e a janelas em fita (possibilitadas pela fachada livre, permitem uma relação desimpedida com a paisagem), foram publicados em 1926 numa revista científica.
Agora como ignorar o que teria feito um arquiteto já renomado, com seus conceitos tão claramente estabelecidos, repensar tudo isso e partir para uma nova linha de pensamento.
O que hoje para nós é comum, para Le Corbusier foi algo diferente, um simples voo de avião pela cidade do Rio de Janeiro, isso foi suficiente para ele olhar para arquitetura por outro lado, um olhar mais amplo, numa escala onde agora o dialogo entre a arquitetura e o urbanismo acontece de forma intensa, esse olhar panorâmico das cidades sul-americanas trouxe novos traços para os desenhos de Le Corbusier.
Essa viagem para América