Arquitetura na África
Vanina Margarida Tomar Borges Pereira,
Arquiteta Urbanista,
Mestranda Arquitetura e Urbanismo, UFES.
Email: VaninaPereira@gmail.com
afro-descendentes, áfricanos e sua bibliografia.
Ciência sem conhecimento é ruína da alma.
Rabelais, Pantagruel, VIII
Se notarmos as ementas das disciplinas dos cursos de arquitetura não traz debates sobre a grande diversidade de modelos arquitetônicos fora dos modelos europeus e norteamericanos. Outras formas de conhecimentos arquitetônicas e urbanísticas são desconsideradas: arquitetura Asiática (à exceção do Japão), arquitetura Indígena, arquitetura Árabe, arquitetura Africana. E isso acontece em quase a totalidade das escolas brasileiras e mesmo nas escolas de arquitetura do continente africano.
Os currículos das escolas de arquitetura tanto no Brasil como nos Países africanos têm um alto percentual de eurocentrismo, isto é, utilizam fontes bibliográficas e referencias provenientes de autores e escolas européias. Até os dias de hoje podemos encontrar alguns autores que escreverem sobre a África, mas poucos são aqueles que escreveram sobre as verdades desse continente. A maioria usa palavras com certo preconceito, deixando se levar por uma análise com base na sua própria cultura e ponto de vista.
No Brasil, podemos encontrar apenas um livro que trata parcialmente do tema,
Arquitetura Popular Brasileira de Günter Weimer.
Esta pesquisa partiu basicamente de um de trabalho campo para tratar da arquitetura rural Afro-Capixaba com entrevistas, fotografias antigas, mapeamento, relatos e também artigos de jornais, revistas, alguns textos em livros e relatórios sobre os remanescentes quilombolas. Quanto a Arquitetura Africana foi necessário fazer uma
Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH • São Paulo, julho 2011
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viagem ao continente, Senegal e Cabo Verde, e também ao antigo colono (Portugal) onde foi encontrada a maioria do