Arquitetura de povoados africanos
Arquitetura de povoados africanos
A arquitetura africana teve um caráter utilitário, em vez de comunitário, e salvo raras exceções nunca foi empregada, como no resto das civilizações, como representação de poder. Comum a todos os povos foi a utilização de materiais pertencentes à sua região geográfica e o uso intencional e comedido dos materiais em equilíbrio com o meio ambiente. Independentemente de sua hierarquia, todos possuíam o mesmo tipo de casa, não como expressão de igualdade, mas de pertinência ao mesmo grupo.
Os materiais utilizados variavam, então, segundo a região, mas normalmente eram semelhantes: desde o barro até fibras secas tecidas, ou uma combinação de vários. De modo geral, o povoado se protegia com uma muralha de barro, que rodeava e marcava os limites da aldeia.
O Grande Zimbábue é o que restou de um povoado, todo construído por uma muralha monumental. Centro de uma importante cultura dedicada à pecuária, seus muros medem quase 10 m de altura. O motivo de seu abandono repentino é desconhecido, embora sua lenda como santuário tenha persistido até o início deste século.
A exceção a esse tipo de arquitetura rudimentar são os povos de Gana e Mali, no sudoeste, que construíram palácios de plantas variadas e o reino de Lalibela, a leste, onde, a partir do século XIII, foram encavados edifícios e templos nas rochas das montanhas. Os tipos de “casas cônicas” descritas por Al-Bakri em sua obra ainda podem ser vistas no Mali, como mostra a fotografia acima da Vila de Songo, no Mali. E à direita temos cabanas circulares de construção tradicional em Gana.
Além das diferentes variações de choças de adobe e palha, existem na África outros estilos arquitetônicos autóctones. Os Ashantis constroem grandes palácios e templos com paredes de barro sustentadas por uma armação de estacas. São numerosas as mesquitas erguidas desse modo como a Mesquita Ashanti de