arquitetura maneirista
1. A de Bramante tem a planta em cruz grega, traz a centralidade, a simetria, a racionalidade da composição e a homegeneidade espacial, que são características da arquitetura do século XV, significações antropocêntricas, históricas e religiosas apropriadas para o homem daquele período e sua relação consigo mesmo, com Deus e com o Universo. Já Michelangelo não renuncia à cruz grega, sem adotar ainda a longitudinalidade, ele a dissimula tornando contínuas as paredes laterais na diagonal de cada quadrante definido pelos braços da cruz. Os volumes de independentes do projeto de Bramente são amarrados por esta parede, dando à construção um fechamento volumétrico vigoroso e um caráter pesado, maciço, material. Este expressivo limite volumétrico não só transforma visualmente a cruz grega num quadrado, disposto em diagonal, como marca nitidamente o limite entre os espaços interno e externo do edifício. Este limite, representado pelas paredes externas, isola a basílica do seu ambiente e vê alterada a sua expressividade urbana. Além disso, o considerável reforço da ossatura de Michelangelo destaca na composição as massas estáticas encarregadas de sustentar o peso de toda a construção, ao contrário do projeto de Bramente, onde a estrutura dá um ritmo ao vazio, o novo projeto parece enfatizar a parte material do adifício.
2. A cúpula tem 119 metros de altura e 42 metros de largura, ela não parece repousar serena e levemente como a de Bramante. O empuxo visual vertical dado pela continuidade dos nervos que a percorrem, e dos pares de colunas situados na laterna e no tambor recuperam o seu peso e a fazem penetrar dentro do corpo da basílica, e não simplesmente coroá-la, estabelece uma relação entre a massa da cúpula e a massa do edifício, uma relação entre valores volumétricos e maciços. O arquiteto troduz um forro que impede a luz divina entrar na igreja, a significação é imediata que não há mais centralidade visível do eixo luminoso, nem se