Maneirismo

Maneirismo
Maneirismo é a manifestação artística que ocorreu desde 1520, quando começa a crise do Renascimento, até o início do século XVII. Surge uma mudança radical na arquitetura do século XVI que reflete um sentimento antitético ao do Renascimento. Houve uma serie de mudanças na Europa, que envolveram movimentos religiosos, reformistas e a consolidação do absolutismo em vários países. As guerras que ocorreram com a Itália e a força da Inquisição fizeram acontecer um grande êxodo de artistas e intelectuais em direção à outros países. O pensamento muda e o homem já não é a principal e única medida do universo.
Percebemos no Maneirismo características variadas, tendo uma tendência para o exagero e um capricho nos detalhes, indo para o lado oposto dos traços clássicos. Os artistas passam a criar uma arte caracterizada pela deformação das imagens e pela criação de figuras abstratas, que não havia relação direta entre o tamanho da figura e sua importância.
Um exemplo disso é o projeto feito por Michelangelo para a Basílica de São Pedro , que dissimula a centralidade, dá atenção ao peso da construção e da massa, retira a luz e isola o homem do meio ambiente e de Deus, fechando-o no interior do edifício. Expressa também conflitos e tensões espaciais e plásticas, mostrando a subjetividade do artista. Essa subjetividade é muito diferente daquela crença na razão e no autoconhecimento tão presente no Renascimento, não se contentando com a racionalidade vinda do classicismo Grego e que dissimula a forma ideal, geométrica, eterna e perfeita.
O artista do Maneirismo retira de si próprio os valores expressivos e os transforma plasticamente, produzindo o espaço a partir de sua subjetividade conflituosa, não se contentando somente com a racionalidade. Ele descobre o drama existencial, o conflito, a dimensão psicológica e a dimensão infinita da alma.
A arquitetura maneirista tem a prioridade de construir igrejas de plano longitudinal, com espaços mais longos do que