Arquitetura Liquida
“Utilitas,(funcionalindade), Firmitas (solidez) e, Venustas (beleza) é desde Vitrúvio, a concepção triádica que define o construído, e consequentemente a arquitetura,” (SOLÀ-MORALES,2002).
Desde o final dos anos 80 do século passado, passamos por um processo de remodelagem em todos os aspectos e níveis que estruturam a sociedade contemporânea. As Tecnologias da Informação e principalmente os Sistemas Móveis de Comunicação possibilitaram o acesso simultâneo e irrestrito a qualquer outro universo informacional interconectado, transpondo ou diluindo as barreiras espaço-temporais, tornaram a sociedade descorporificada e desterritorializada, já que lhe é possível “estar” em todos os lugares e ao mesmo tempo.
.Bauman entende que a diluição das distâncias físicas e continuidade temporal, decorrentes dos Sistemas de Informação e mobilidade da comunicação, aliados ao desenvolvimento dos meios de transporte, alteraram a percepção temporal e as necessidades espaciais do homem contemporâneo, O tempo percebido adquire os vetores Instantâneo e Simultâneo, e o espaço percebido perde o imperativo da proximidade física, multiplica-se e interage com distintos outros lugares físicos e não físicos. Esses eventos têm demandado uma contínua mudança na configuração dos ambientes em que tais atividades sociais ocorrem, contribuem para a emergência de uma espacialização leve e fluida, igualmente acessível e interconectada, denominada arquitetura de natureza líquida.
“Mobilidade e leveza são características intrínsecas aos habitantes do mundo pós-moderno, tornando-os “viajantes na velocidade dos cruzamentos virtuais e urbanos”, caracterizando a tendência da vida in fluxo”. BAUMAN (2001).
Além do advento da Tecnologia da Informação, outros importantes acontecimentos corroboraram para o surgimento de uma noção de espaço que propusesse maior coerência ao mundo pós moderno, denominados teorias da complexidade, destacamos a teoria da