Arquitetura grega
Arquitetura
[Em Atenas] o homem não depende já dos poderes misteriosos que o ultrapassam e aterram, nem dos seus intermediários. Vive por ele e para ele.
A arte deixa de ser exclusivamente funcional; ultrapassa até a etapa da arte ao serviço de Deus ou do monarca para descobrir que se pode destinar a um prazer sui generis: o estético.
Aristóteles dirá muito justamente: "O belo é o que é desejável por si mesmo."
A arte grega clássica foi uma arte racional, expressão da comunidade e do homem/cidadão. Aliou:
Estética e ética;
Política e religião;
Técnica e ciência;
Realismo e idealismo;
Beleza e funcionalidade.
E esteve ao serviço da vida pública.
A arquitetura evoluiu em três períodos: o período arcaico, balizado entre o século VIII e o século V a.
c., que foi um longo espaço de tempo caracterizado pela procura do inteligível, da ordem, do monumental, da sobriedade e da maturidade; o período clássico, que se desenvolveu entre a segunda metade do século V e o século IV a. C. e foi um tempo em que a arte atingiu a plenitude, o equilíbrio, o realismo e o idealismo; o período helenístico, marcado pela miscigenação de culturas, pelo gosto do particular, do concreto e individual e, simultaneamente, tempo de declínio da cultura grega.
Com o número criaram uma ligação permanente entre geometria e arquitetura onde a matemática estabeleceu o ritmo e a harmonia.
Criaram normas e regras construtivas, cânones para a concretização artística, valores estéticos e modelos duradouros, nos quais todos os detalhes, os aspectos decorativos e/ou os pormenores tinham de se sujeitar à harmonia do conjunto.
A concretização da obra era um trabalho colectivo, feito para a cidade. que envolvia diversos profissionais: arquitetos, projetistas, escultores, pintores e outros artesãos.
O objectivo final da arte era a procura de unidade, beleza e harmonia universais, suportadas, é claro, por uma filosofia que buscou a relação do Homem com