Arquitetura do Romantismo
O Romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico que teve início na Europa em finais do século XVIII e perdurou por grande parte do século XIX. Surgiu como reação ao Neoclassicismo, sendo uma forte corrente antirracionalista, que valorizou os sentimentos e as emoções, defendendo que a Arte era uma revelação da alma (era utilizada como meio de expressão e de sentimentos), um produto da inspiração e da genialidade que visava a Beleza como algo de divino.
Esta nova arte caracteriza-se pela exaltação da Natureza, o gosto pela Idade Média, pela defesa dos ideiais nacionalistas e pelo cultivo da emoção, fantasia, sonho, originalidade e da evasão para mundos exóticos.
Os temas mais comuns no Romantismo estão ligados à Natureza. Temas como florestas melancólicas, ruínas, paisagens selvagens, regiões desertas, tempestades marítimas e ambientes exóticos eram muito utilizados.
Na arquitetura Romântica, os arquitetos preferiram a irregularidade da estrutura espacial e volumétrica, o organicismo das formas, os efeitos de luz, o movimento dos planos e o pitoresco da decoração. Essas características tinham como objetivo estimular a imaginação e os sentidos, provocar encantamento e evasão, convidar ao sonho e à fantasia, evocando, por vezes, espaços e realidades diferentes, distantes ou imaginários.
A arquitetura do Romantismo manifestou-se sobretudo pela forma e pela decoração, dando menos importância aos aspetos técnicos e estruturais. Materiais como o ferro, o vidro e o tijolo foram muito utilizados, apesar da preferência dos arquitetos pelos materiais naturais. O ferro teve uma grande importância técnica e estética nesta arquitetura, tendo sido usado quer em estruturas deixadas à vista, quer trabalhadas com formas decorativas da época.
A procura de uma estética própria não levou a uma nova arquitetura ou a um novo estilo arquitetónico. Promoveu, antes, a recriação de estilos do passado ou de estilos de outras