Arquitetura do Paraná
A arquitetura é uma parte importante da história e da cultura de um povo, de forma que as construções refletem costumes, tendências e técnicas de cada época. No Paraná, as edificações mais antigas, e ainda preservadas, sofreram forte influência europeia, misturando estilos, desde o eclético, neoclássico, colonial, oriental e bizantino até a arquitetura moderna.
Em Curitiba, onde está presente grande parte das expressões arquitetônicas do estado, encontra-se a arquitetura clássica do Castelo do Batel, influenciada pelos castelos franceses do Vale do Loire, e do Paço Municipal, de arquitetura eclética com elementos “art-nouveau”, ambos tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Não foi só a arquitetura francesa que deixou suas marcas nas construções paranaenses, mas também imigrantes das mais diversas etnias que trouxeram suas culturas para o Estado. Os japoneses, por exemplo, influenciaram a arquitetura de traços orientais do Palácio Hyogo, e os imigrantes vindos da Ucrânia deixaram sua marca tanto na capital como no interior do Estado.
Entre as influências expressas nas edificações paranaenses está a dos ucranianos, que têm nas igrejas o maior símbolo de sua cultura, trazendo através da arquitetura profundas marcas sobre a religiosidade desses imigrantes. No caso das igrejas ucranianas, ao invés de uma cruz ao centro da igreja e das imagens de santos, elas trazem pinturas típicas. Outra peculiaridade é a construção da estrutura toda em madeira de araucária.
Em Mallet, no sudeste do Estado, está conservado em sua estrutura original o templo de estilo ucraniano-católico mais antigo do Brasil, a Igreja São Miguel Arcanjo, construída na Serra do Tigre, entre os anos de 1899 e 1903. Uma réplica foi construída no Memorial da Imigração Ucraniana no Parque Tingui, em Curitiba.
A presença dos imigrantes e descendentes de ucranianos e poloneses no Paraná é muito representativa, sendo que sua arquitetura encontra-se em várias igrejas