Arquitetura de Ferro
O século XIX significou, para a arquitetura, uma ruptura com as técnicas tradicionais, através do surgimento de novos materiais, dentre eles o ferro fundido.
O ferro começou a ser utilizado na construção a partir do século XVII. No entanto, a dificuldade de produzi-lo em larga escala limitou seu potencial por muito tempo. Os altos fornos que produziam o ferro eram aquecidos com carvão vegetal, o que era muito antieconômico.
A grande mudança ocorreu em 1709 nos fornos de Abraham
Darby, em Coalbrookdale (um dos berços da Revolução
Industria,na Inglaterra), quando o forjador conseguiu, com sucesso, substituir o carvão vegetal por coque, o que possibilitou a criação de grandes estruturas de ferro fundido com o uso de fôrmas.
Por muito tempo a inovação se limitou a poucos altos fornos espalhados pelo país, porque o ferro produzido com o uso do coque não podia ser forjado. Na década de 50, o filho de Darby conseguiu ultrapassar essa dificuldade, abrindo caminho para a produção industrial, que primeiramente atingiu a produção ferroviária.
A partir do fim do séc. XVII, o ferro fundido era utilizado pela engenharia, pela construção civil e para fins decorativos. Além de seu uso na produção de máquinas, o material se destacava em pontes, canais, aquedutos, ferrovias, colunas, janelas, gradis e bancadas.
Permitindo grande economia de meios e de tempo, ass ociadas à grande liberdade formal e às quaseilimitadas possibilidades estruturais, a Arquitetura do Ferro enco ntrou em engenheiros como Gustave Eiffel alguns dos seus maiores projetistas.
O ferro, que até então era utilizado na arquitetura ora c omo elemento decorativo, ora sob a forma de tirantes e m tensão, ora comosistema de ligação das cantarias, pa ssa a ser fundido, o que permitiu grande liberdade na e xecução de peças que funcionassem à compressão. A visão pragmática e funcionalista dos projetistas da época permitiu