Arquitetura do ferro
Nos finais do século XVIII, o ferro havia surgido como sistema construtivo e protagonizou em grande parte o desenvolvimento da arquitetura do século XIX e XX. Fornece grande economia de meios e de tempo, além de uma liberdade formal e inúmeras possibilidades estruturais, a Arquitetura do Ferro encontrou em engenheiros como Gustave Eiffel alguns dos seus maiores projetistas.
As primeiras tentativas e experiências de produção em massa de peças metálicas tiveram lugar na segunda metade do século XVIII. A Inglaterra, um dos países mais industrializados da altura, assumiu um papel pioneiro e determinante neste processo. O ferro, que até então era utilizado na arquitetura como elemento decorativo ou tirante em tensão passa a ser fundido e permite uma maior compreensão.
O desenvolvimento dos meios de transporte, em especial do caminho de ferro, teve como conseqüência, para além da construção de inúmeras pontes em ferro, a criação de novos equipamentos públicos como as estações de comboios.
Alguns edifícios industriais dos inícios do século XIX empregavam já perfis em T formando vigas que suportavam pequenas abóbadas de tijolo maciço embebidas em betão sobre as quais assentavam os pavimentos. O ferro permitiu reduzir os suportes, criando sistemas porticados em grelha que aumentavam bastante as possibilidades de invenção formal e espacial e que remetiam, de certa forma, para a solução de esqueleto estrutural do estilo gótico. Mais tarde, o ferro foi também aplicado a outros tipos de construção, aparecendo inclusivamente em edifícios religiosos. Um dos exemplos mais significativos deste sistema construtivo é o Pavilhão Real de Brighton, projetado em 1814 por John Nash, em estilo revivalista de referências indianas.
O símbolo máximo, a Torre Eiffel, testemunhava e concretizava as conquistas do ferro no final do século XIX.
Gradualmente, à medida que se estabilizavam os conhecimentos técnico-construtivos, a arquitetura do ferro vai encontrando as