Arquitetura - Corredor Cultural
A cidade, palco por excelência da modernidade, instiga, desafia e torna-se um objeto fascinante de estudo para quem se debruça sobre suas questões. Em seus espaços públicos, semipúblicos e privados a vida em sociedade se desenvolve, fazendo da cidade um cenário nada indiferente para a vida de seu cidadão. Por outro lado, toda intervenção que altera esse cenário pode afetar diretamente seus usos e apropriações, fazendo com que esses espaços permaneçam constantemente num “equilíbrio instável”. As constantes transformações urbanas com conseqüente destruição dos marcos da tradição e do passado se tornaram uma marca das cidades modernas. Atualmente, os processos de revitalização discutidos e implantados nas cidades em todo o mundo trazem à tona os impactos da transformação urbana para seus habitantes. É uma “nova” cidade que se apresenta, que em alguns casos, têm efeitos muitas vezes perversos para as pessoas diretamente envolvidas.
O olhar do profissional de arquitetura e urbanismo, muito voltado para a intervenção e a transformação física do espaço, se desloca para um olhar voltado a quem utiliza, se apropria e vivencia os espaços. Para isso, o trabalho de campo foi desenvolvido em uma área do centro histórico de Belo Horizonte, conhecida como Baixo Centro. Nas duas últimas décadas, o Baixo Centro passou por intervenções urbanas inseridas em um programa de revitalização da Área Central da cidade. Esse processo de revitalização foi conduzido pelo poder público municipal com a adesão de algumas entidades privadas e proporcionou transformações físicas na região, alterando, em parte, seu uso e se fortalecendo como palco de manifestações culturais diversas.
CORREDOR CULTURAL
O Corredor Cultural Estação das Artes é uma proposta da Fundação Municipal de Cultura (FMC) de Belo Horizonte que tem como objetivo “mudar o visual e fortalecer a vocação artística da região central da cidade. Um levantamento preliminar da Fundação identificou mais de 20