Arqueologia Arte Indigena
O Brasil possui valiosos sítios arqueológicos em seu território, embora nem sempre tenha sabido preservá‑los. Em Minas Gerais, por exemplo, na região que abrange os municípios de Lagoa Santa, Vespasiano, Pedro Leopoldo, Matosinhos e Prudente de Moraes, existiram grutas que traziam, em suas pedras, sinais de uma cultura pré‑histórica no Brasil. Algumas dessas grutas, como a chamada Lapa Vermelha, foram destruídas por fábricas de cimento que se abasteceram do calcário existente em suas entranhas. Além dessas cavernas já destruídas, muitas outras encontram‑se seriamente ameaçadas.
Das grutas da região, a única protegida por tombamento do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) é a gruta chamada Cerca Grande. Ela é considerada importante monumento arqueológico por causa de suas pinturas rupestres e de fósseis descobertos em seu interior, indicadores de antigas culturas existentes em nosso país.
No Brasil, as pinturas rupestres mais antigas chegam a quase 12.000 anos de idade e foram encontradas na região de São Raimundo Nonato (Piauí). São desenhos de animais, pessoas, plantas e objetos, muitas vezes retratando cenas da vida cotidiana ou eventos cerimoniais.
Também em Minas Gerais algumas datações de arte rupestre são antigas, alcançando cerca de 10.000 anos atrás. Na região de Lagoa Santa temos cenas de caça com uso de flechas, armadilhas aprisionando veados e grandes redes com peixes, retratando dinâmica e movimento.
De fato, o costume de cobrir suportes de pedra com pinturas de diferentes cores está espalhado por todo o Brasil. São testemunhos gráficos das sociedades indígenas, tanto do passado como do presente, pois vários grupos ainda produzem arte rupestre.
A arte indigena
Na época do descobrimento, havia em nosso país cerca de 5 milhões de índios. Hoje, esse número caiu para aproximadamente 200 000. Mas essa brutal redução numérica não é o único fator a causar espanto nos pesquisadores de povos indígenas brasileiros.