Arq. Clássica (Sum.) - Caps 2 e 3
Nesse capítulo, o autor discorre sobre as várias formas de utilização das ordens, sobre destaques da arquitetura romana e sobre as características da mesma adotadas pelos arquitetos renascentistas. Apesar de serem inevitavelmente vinculadas a templos, as ordens foram utilizadas pelos romanos em uma série de edifícios, o que se associa ao medo de estes serem pouco atrativos e/ou significativos, visto que as colunas muitas vezes tinham papel de exprimir poder. Elas eram usadas como forma de dar expressividade aos edifícios, podendo ser empregadas de várias maneiras, criando até cinco graus de relevo e, consequentemente, cinco graus de sombra (colunas isoladas, colunas destacadas, colunas-de-três-quartos, meias colunas e pilastras). Além disso, os romanos davam muita importância ao espaçamento das colunas, chamado de intercolúnio, estabelecendo cinco tipos deles, os quais eram medidos em diâmetros de colunas e apresentavam resultados estéticos completamente diferentes. As colunas, apesar de constituírem o sistema de construção arquitravada (com pilares e vigas), não eram utilizadas, porém, como uma forma de sustentar os tradicionais arcos da arquitetura romana. Isso se devia à impossibilidade estética de separar colunas de entablamentos, os quais eram vistos como uma unidade, e à ineficiência estrutural das colunas, muito delgadas para suportar as grandes cargas dos arcos e abóbodas. Um grande exemplo da combinação de arcos com colunas (e, consequentemente com ordens), é o Coliseu. Nele, as colunatas acabam tendo função estrutural muito pequena, sendo “representações da arquitetura de templos, como que esculpidas em relevo sobre um edifício” (19). A obra chama a atenção pela superposição de quatro ordens, sendo cada uma utilizada em um nível diferente do edifício. Também acaba exemplificando a relação direta entre as proporções das colunas e as proporções dos arcos, sendo que a alteração de uma delas implica na