Arma não letal, letal.
Como controlar uma massa popular enfurecida sem feri-las com gravidade? Como evitar a desordem generalizada de pessoas clamando pelos seus direitos sem ser condenado pela imprensa e população? Essas eram perguntas que martelavam na cabeça dos governantes de todo o globo. Uma simples e econômica solução, pelo menos olhando para os protestos atuais no Brasil, seria a abertura a um diálogo com representantes dos manifestantes, porém essa ideia não seria, em momento nenhum, levada a sério, já que tais problemas protestados já existiam a décadas e não era de interesse público a resolução deles e sim a jogada para de baixo do tapete. Uma solução rápida e prática tornou as armas "não letais" o maior recurso para a resolução das perguntas anteriores. Embora causem danos a saúde e já havendo registros de óbitos, essa era uma opção muito atrativa para o caso. Além de gastar uma gigantesca verba pública, o nome "não letal" deixaria a imagem de que o governo se preocupa sim com os problemas da sociedade e está, de sua maneira, tentando resolver. Fato esse que nós, brasileiros, sabemos bem que a resolução está longe! O gás lacrimogêneo, muito utilizado erroneamente pela polícia causa dano e pode matar pessoas com problemas de saúde, mas como a imprensa e o governo são interligados, essa informação nunca sairá, por exemplo, da boca do William Bonner, porém, para se ter ideia da dimensão do problema, um órgão (ONU) muito maior do que qualquer emissora televisiva considera esta, uma arma química. Esse fato não é difícil de ser provado, basta apenas provar o efeito de um gás lacrimogêneo que em menos de 10 minutos qualquer leigo chegará a essa conclusão. O gás lançado em local aberto (como deve ser) causa náuseas, ardor nos olhos, uma incrível vontade de espirrar, vomitar e ainda dificulta a respiração. Como uma arma que causa tudo isso e um pouco mais, pode não ser considerada uma arma química? pior ainda, como pode ser