Aristóteles

1 Aristóteles sugere dois casos para que se entenda melhor a amizade entre pessoas dessemelhantes. No primeiro caso ele coloca a situação de um trabalho, onde o cliente encomenda um serviço, e sendo feito esse serviço, o trabalhador recebe uma quantia justa pelo seu trabalho na forma de dinheiro que é o que o trabalhador espera ganhar pelo seu serviço. No segundo caso ele expõe uma situação na qual somente uma das partes é beneficiada, como por exemplo, um casal onde um ama excessivamente mas não recebe esse amor em igual escala para si, ou quando dois se prometem algo porém só um deles cumpre o que disse. Com isso, surge desentendimentos entre as partes envolvidas. Aristóteles defende a ideia de que certamente é melhor que se retribua a recompensa de maneira que seja justa para ambas as partes. Diz também que a lei considera mais justo que as condições de troca sejam fixadas pelo homem a quem se concedeu crédito do que pelo outro. Cada um decide o valor que deseja ao produto que é seu, porém este deve avaliar uma coisa não pelo que lhe parece valer quando possui, mas sim pelo valor que lhe atribuía antes de possuí-la.

2 Outras discussões são levantadas na qual o filósofo indaga se devemos dar preferência ao nosso pai e obedecer-lhe em todas as coisas, ou se devemos depositar nossa confiança em um médico quando estamos doentes, ou prestar serviço a um amigo e mostrar-nos gratos a algém que nos fez bem? Na verdade, segundo Aristóteles, é mais certo retribuir um benefício do que só agradecermos pelo favor prestado, porém as vezes não conseguimos retribuir de forma igualitária. O que devemos saber é que a cada classe de pessoas deve-se prestar o que for apropriado e decoroso a este. As mesmas honras que se convêm ao pai e a mãe, não são apropriadas para um general, que por sua vez são diferentes das