Aristóteles
Aristóteles não reconhecia a ideia de inércia, ele imaginou que as leis que regiam os movimentos celestes eram muito diferentes daquelas que regiam os movimentos na superfície da Terra, além de ver o movimento vertical como natural, enquanto o movimento horizontal requeriria uma força de sustentação.26 Ainda sobre movimento e inércia, Aristóteles afirmou que o movimento é uma mudança de lugar e exige sempre uma causa, o repouso e o movimentos são dois fenômenos físicos totalmente distintos, o primeiro sendo irredutível a um caso particular do segundo.10 No livro II, Do Céu, ele afirma explicitamente que quando um objeto se desloca para seu estado natural o movimento não é causado por uma força, assim ele afirma que o movimento daquilo que está no processo de locomoção é circular, retilíneo ou uma combinação dos dois tipos.20
Ótica
Na época de Aristóteles, a ótica matemática era ainda uma disciplina nova, contrariamente às outras matemáticas e especialmente à geometria, ele faz recorrentes referências à cor, à sua "unidade" e à sua constituição, nos mesmos contextos em que se fala de outros setores do real que pertencem a outras ciências matemáticas, e do que neles é unidade.27
Aristóteles fez objeções à teoria de Empédocles e ao modelo de Platão que considerava que a visão era produzida por raios que se originavam no olho e que colidiam com os objetos então sendo visualizados. Ao refutar as teorias então conhecidas, ele formulou e fundamentou uma nova teoria, a teoria da transparência: a luz era essencialmente a qualidade acidental dos corpos transparentes, revelada pelo fogo.28
Aristóteles sugeria que a ótica contempla uma teoria matemático-quantitativa da cor, que corresponde a uma teoria da medição da luz, assim ele afirma que a luz não era uma coisa material mas a qualidade que caracterizava a condição ou o estado de transparência: "Uma coisa se diz invisível porque não tem cor alguma, ou a tem somente em grau