Aristotéles e a educação
RESUMO
1. POLÍTICA E EDUCAÇÃO
Aristóteles ensina que o homem tende, por natureza, à integração política, portanto um ser eminentemente cível. Assim, sua teoria está alicerçada na educação, que por sua vez amparada pela figura de um legislador, fornece todos os requisitos necessários à segurança do regime e saúde estatais. A concepção do filósofo de que a cidade constitui um “aglomerado de homens” o leva a basear-se, por isso mesmo, na educação para que a saúde – supracitada – seja garantida, pois aquela culminaria com uma espécie de “unidade orgânica” na comunidade política. Para Aristóteles, os homens necessitam de uma instrução correta, e por conseguinte de um orientador que os conduza não somente quando jovens, mas por toda a vida. Considerava ainda que para servirem ao estado, os homens tinham de aprender determinadas coisas, sendo isto por hábito ou através do ensino. No decorrer de suas considerações, tendo em vista a sustentação de seus argumentos de forma que os tornasse legítimos, Aristóteles utiliza um princípio ínsito na natureza e na arte, segundo o qual “a existência do melhor justifica a do pior”. Em outras palavras, o homem, por meio de sua arte, cria o inferior visando o superior, bem como a natureza, a seu modo, faria o mesmo. Isso constituiria, na visão aristotélica, um princípio básico de uma fisiologia da educação. A moral democrática, para ele, reflete o caráter de mesmo teor, isto é, a democracia; e o caráter oligárquico a oligarquia. No seu pensamento, assuntos públicos, por isso mesmo, seriam delegados ao poder público, e a educação era para ele entendida como tal. Os cidadãos, por sua vez, pertenceriam à cidade e não a si mesmos. A sua proposta de educação vai ainda mais longe quando aborda até mesmo a questão da procriação. O tema da união conjugal é de fundamental importância: estabelece quando se deve casar e com quem; sua programação familiar determina a relação não só das pessoas