Argumentação
Em geral, pensa-se que argumentar é extrair conclusões lógicas de premissas colocadas anteriormente, como no silogismo, forma de raciocínio em que de duas preposições iniciais se extrai uma conclusão necessária:
Todo homem é mortal.
Astrogildo é homem.
Logo, Astrogildo é mortal.
No entanto, podemos convencer uma pessoa de alguma coisa com raciocínios que não são logicamente demonstráveis, mas que são plausíveis. Quando a publicidade do Banco do Brasil diz que ele serve o cliente há mais de cem anos, o raciocínio implícito é que, se ele é tão antigo, deve prestar bons serviços. Essa conclusão a que a publicidade encaminha não é necessariamente verdadeira, mas possivelmente correta. Por isso, argumenta-se não só com aquilo que é necessariamente certo, mas também com o que é possível, provável, plausível.
Chamamos argumento a todo procedimento linguístico que visa a persuadir, a fazer o interlocutor aceitar o que lhe foi comunicado, a levá-lo a crer no que foi proposto e a fazer o que foi proposto.
Quando a argumentação é bem feita, dá consistência ao texto, produzindo sensação de realidade ou impressão de verdade. Achamos que o texto está falando de coisas reais ou verdadeiras. Acreditamos nele. São inúmeros os recursos linguísticos usados com a finalidade de convencer. Trataremos de alguns tipos de argumento.
1. ARGUMENTO DE AUTORIDADE
É a citação de autores renomados, autoridade num certo domínio do saber, numa área da atividade humana para corroborar um ponto de vista. O uso de citações, de um lado, cria a imagem de que o enunciador conhece bem o assunto que está discutindo, porque já leu o que sobre ele pensaram outros autores; de outro, torna os autores citados fiadores da veracidade de um dado ponto de vista. A mensagem implícita, ao se usar esse tipo de argumento é: “se Hermenegildo Fantástico é autoridade no assunto, então o que ele diz é suficientemente forte para sustentar o que eu digo.”
2. ARGUMENTO BASEADO NO