Argumentação sobre o sacerdócio
Definiu-se que o matrimônio dos sacerdotes era herético, porque os distraía do serviço ao Senhor e contrariava o exemplo de Cristo. Dezenas de historiadores supõem que a decisão de impor o celibato foi também um meio para evitar que os bens dos bispos e sacerdotes casados fossem herdados por seus filhos e viúvas em vez de beneficiar à Igreja. Em 1123 o Concilio de Letrán decretou a invalidade do matrimônio dos clérigos e, dezesseis anos mais tarde, o segundo Concilio de Letrán confirmou.
A Igreja Católica reconhece que a exigência do celibato dos padres não é de lei divina, mas de lei eclesial, que em circunstâncias especiais poderia ser abolida, mas opta pela maior perfeição, já que por este motivo os Apóstolos de Jesus deixaram a convivência matrimonial e familiar, para se dedicar inteiramente à propagação do Reino de Deus, o celibato visava, entre outros fins, acautelar os bens da Igreja que, “pelo matrimónio dos clérigos, passavam com muita facilidade para os seus filhos”. o fim do celibato obrigatório vá responder ao problema da falta de vocações. “Compreendo que, se o celibato fosse opcional, haveria alguns jovens que assim assumiriam ser padres. Contudo, esta não é a questão essencial para a resolução do problema da falta de padres. É que, noutras confissões cristãs em que o celibato é opcional, a crise de vocações ainda é mais acentuada do que na Igreja Católica” com o celibato os sacerdotes entregariam-se de modo mais excelente a Cristo, unindo-se a Ele com o coração indiviso; o celibato facilita ao sacerdote a participação no amor de Cristo pela humanidade uma que vez que Ele não teve outro vínculo nupcial a não ser o que contraiu com a sua Igreja; com o celibato os clérigos dedicariam-se com maior disponibilidade ao serviço dos outros homens; a pessoa e a vida do sacerdote são possessão da Igreja, que faz as vezes de Cristo, seu esposo; o celibato dispõe o sacerdote pare receber e