AREAS PARA RECUPERAÇÃO
A partir da metade deste mês de abril, será realizada mais uma manutenção das áreas ciliares que estão sendo recuperadas nas propriedades rurais através do Projeto Semeando Sustentabilidade - Recuperação Florestal. As manutenções se iniciarão nas propriedades localizadas no município de São Luiz do Paraitinga e essas, especificamente, consistem em combate as formigas, roçada das entrelinhas de plantio e alocação de palhada resultante da roçada nas próprias entrelinhas e nas coroas de plantio. As manutenções ocorrem, geralmente, trimestral ou quadrimestralmente e estamos na quarta manutenção pós-plantio na maioria das áreas ciliares sendo que, nas outras áreas, não houve a necessidade da realização de quatro manutenções. Juntamente com o início das manutenções, será dada continuidade ao monitoramento de plantio das mudas de espécies florestais nativas. As parcelas de monitoramento foram instaladas há um ano em algumas propriedades participantes do Projeto. Coletaram-se diversos dados de cada uma das mudas localizadas dentro dessas parcelas e cada uma delas foi numerada. Agora, após um ano, serão coletados os mesmos dados das mesmas parcelas para que possamos acompanhar o desenvolvimento dessas mudas e, consequentemente, o estabelecimento da floresta.
Não foram poucos os agropecuaristas que plantaram ou fizeram pastagens até a beira do rio e no topo de morros, ignorando qualquer preocupação com as áreas de preservação permanente. Também por muito tempo, o valor de manter a floresta em pé não extrapolava o preço da madeira. O corte, aliás, era um bônus nas fazendas. A derrubada chegou a ser incentivada e financiada. Mas, aos poucos, o cenário se inverte. Restaurar a vegetação passou a ser uma atividade a ser considerada.
O biólogo Ricardo Britez está à frente de um projeto da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) nos municípios de Antonina e Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Estão em restauração 1,5 mil