areas degradadas
Interação microrganismo, solo e flora como condutores da diversidade na Mata Atlântica
Marcelo Elias Fraga1,5, Denise Monte Braz2, Joecildo Francisco Rocha2,
Marcos Gervasio Pereira3 e Daniel Vasquez Figueiredo4
Recebido em 16/05/2011. Aceito em 9/07/2012
RESUMO
(Interação microrganismo, solo e flora como condutores da diversidade na Mata Atlântica). O presente trabalho teve como objetivo fornecer dados para uma melhor compreensão entre a interação de microrganismos, flora e solo.
O estudo foi realizado no Parque Natural Municipal do Curió, Paracambi, RJ. Foram selecionadas duas áreas, com diferentes graus de alteração antrópica, sendo em cada uma destas delimitado um talhão de aproximadamente 1.000 m2, e nestes foram realizados levantamentos floristicos e coletas de amostras de terra e serrapilheira para a avaliação da fertilidade e dos microrganismos. Nas duas áreas quantificou-se um total de 89 espécies, reunidas em 59 gêneros e 33 famílias, entre espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Na área com maior grau de antropização ocorreram os maiores valores de pH, Ca e K, indicando um ambiente de maior eutrofismo. Já na área com menor grau de alteração, observaram-se maiores valores de H + Al, decorrentes da maior quantidade de material orgânico.
Para a serrapilheira, foi verificado um padrão com tendência similar a observada para o solo. Os maiores valores de serrapilheira aportada, também contribuem para os maiores valores de K, elemento facilmente lixiviável no material em decomposição. Quanto à abundância dos microrganismos tanto na serrapilheira como no solo foi observada uma distribuição diferenciada dos microrganismos devido a variação da umidade relativa e temperatura, sendo as bactérias as predominantes, padrão este também observado para as diferentes áreas.
Palavras-chave: Ecossistema funcional, Decomposição, Utilização do substrato, Sucessão ecológica, Atividade