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O cinema e a TV utilizam dois meios para estabelecer a comunicação: a imagem e o som.
O som se divide em três categorias: locução, trilha sonora e efeito sonoro. Já a imagem, assunto deste capítulo, constrói sua comunicação de duas formas: pelo conteúdo da imagem e pela forma com que captamos este conteúdo. O conteúdo é responsável pelo sentido lógico e racional.
A forma potencializa ou minimiza a dramaticidade do conteúdo.
Em um exemplo direto, a imagem de uma pessoa levando um tiro na cabeça choca o espectador de qualquer forma. A imagem é captada pelo olho, compreendida pelo cérebro, e seu conteúdo produz uma sensação desagradável, pelo menos para uma pessoa normal.
Entretanto, a distância e o posicionamento da imagem influem muito na dramaticidade do ocorrido, seja para um beijo em uma telenovela, as lágrimas de uma criança em um telejornal ou o discurso de um político em sua campanha eleitoral.
Esta capacidade de aumentar ou diminuir a dramaticidade da cena monta um dos paradigmas mais elementares da linguagem cinematográfica, traduzindo-se da seguinte forma:
A distância do plano em que a câmera capta o personagem é igual à distância do personagem para o espectador.
Os planos
Plano de câmera é o nome dado a uma imagem capturada por uma câmera de cinema ou vídeo, que enquadre algo, geralmente um ser humano, de uma forma previamente definida.
O primeiro cineasta a nomear e padronizar estes enquadramentos foi o norte-americano David Griffith e, por esta razão, ele é considerado por algumas escolas de cinema o pai da linguagem cinematográfica.
Na verdade, a linguagem griffitiniana não é a única linguagem de cinema e muitos cineastas simplesmente a ignoram em