Arco-íris: Diversidade de Gênero
Homosexualidade na Antiguidade e no Contexto Atual – História, Religião e Direitos Adquiridos.
INTRODUÇÃO
A união homoafetiva pode parecer algo bastante recente, coisa de gente moderna. Essa marcha, porém, de nova não tem nada, e retoma um tempo em que não havia necessidade de distinguir o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo.
Por milhares de anos, o amor entre iguais era tão comum que não existia nem o conceito de homossexualidade. O modo como os povos encaravam o amor pode ser explicado – ou, ao menos entendido – se levarmos em conta suas crenças. Ninguém saía dizendo por aí que fulano era gay, mesmo que fosse. Não é nada difícil perceber que, o sexo não tinha como objetivo exclusivo a procriação. Isso começou a mudar, porém, com o advento do cristianismo.
Em toda a história e em todo mundo a homossexualidade tem sido um componente de vida da humanidade. Não há dúvida de que é, e sempre foi menos comum do que a heterossexualidade. No entanto, é claramente uma característica muito real da espécie humana. Para muitos, ainda hoje, sair do armário continua sendo uma questão de tempo. As portas, no entanto, vêm sendo abertas desde a Antiguidade.
DESENVOLVIMENTO
1. – HOMOSEXUALIDADE E A HISTÓRIA.
A Dinamarca foi o primeiro país a abraçar a causa da união civil entre pessoas do mesmo sexo, em 1989. Hoje, o casamento gay está amparado na lei de 21 nações.
As tribos das ilhas de Nova Guiné, Fiji e Salomão, no oceano Pacífico, cerca de 10 mil anos atrás, já exercitavam algumas formas de homossexualidade ritual. Os melanésios acreditavam que o conhecimento sagrado só poderia ser transmitido por meio de relação entre duplas do mesmo sexo. No rito, um homem travestido representava um espírito dotado de grande alegria – e seus trejeitos não eram muito diferentes dos de um show de drag queens atual.
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