Archigram
Apresentação gráfica
Camila Nunes da Costa
ARQ1BN-ESC
Archigram
Peter Cook, David Greene, Michael Webb, Ron Herron, Warren Chalk e Dennis Crompton, jovens arquitetos contando apenas com 30 anos de idade, conheceram-se na firma Taylor Woodrow Construction Co. Deste relacionamento e de uma postura comum diante da realidade nasceu, em 1961, a revista Archigram. A palavra é um neologismo conjugando a expressão Architectural Telegram e bem expressava a idéia do grupo de comunicar mensagens arquitetônicas. Partiam da pop-art, movimento nascente na Inglaterra, na figura de Richard Hamilton que em 1956 havia promovido uma primeira manifestação com a exposição This is Tomorrow juntamente com outros jovens artistas do chamado Independent Group, e do pensamento tecnológico de Buckminster Fuller. Adotando uma imagística da era espacial, associada a idéias já então disponíveis, como a Dymaxion House[i], de Buckminster Fuller, à ironia e bom humor do grupo, ao sentimento de insegurança, próprio da época, submetida à ameaça de um conflito nuclear alimentada pela Guerra Fria, e a perda de qualidade de vida nas grandes metrópoles, devido à poluição, o Grupo Archigram construía as suas fantasias utópicas.
O grupo Archigram aceitava como ideologia a sociedade de consumo, sua fragmentação e a consequente alienação do trabalho e das experiências, uma reflexão típica dos anos 1960. Sentiam a obsolescência do espaço urbano e a relativa inconseqüência das propostas disponíveis até então; viam com desconfiança as propostas de Estado de Bem-estar, vigente nas políticas públicas da Inglaterra de então. Afinavam-se com estética da Pop Art e, sua crítica das formas estéticas tradicionais. Utilizava uma poética vibrante de superestimulação. Suas obras representam um coquetel de Pop Art, visão tecnológica da arquitetura, corrida espacial, Guerra Fria, acrescentando-lhes uma nova visão de temas como mobilidade urbana, sociedade