Araquem Alcantara
SWIFT - CAMPINAS
A ARTE DO FOTOGRAFO ARAQUÉM ALCÂNTARA
Kadrizi Gonçalves Clepaldi – RA: A07786-3
PROFº RODRIGO BRIAN
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA IMAGEM E DO SOM
CAMPINAS
2009
O FOTOGRÁFO
Quando adolescente Araquém queria ser jornalista, talvez escritor. Em 1970 ingressou na Faculdade de Comunicação de Santos, e logo começou a trabalhar no Jornal da Tarde, no Estadão. Uma certa noite assistiu ao filme A Ilha Nua, de Kaneto Shindo. Um filme quase sem história ou palavras. A força e a beleza da pura imagem, a foto dizia tudo. Ele sentiu ali uma espécie de chamado. No dia seguinte, pediu emprestada a máquina Yashica, câmera muito caseira, de sua amiga Marinilda. Comprou três filmes preto e branco e a noite foi para um cabaré no porto. Com a câmera na mão, dois filmes no bolso e nenhuma técnica na cabeça, sentia-se muito nervoso. Ao amanhecer, no ponto de ônibus, uma moça do cabaré passou, e ao vê-lo com a câmera na mão, o desafiou:
- Quer fotografar é? Quer fotografar? Então fotografa isso! E levanta a saia. Foi sua primeira fotografia. E não parou mais. Seu primeiro ensaio tinha como tema os urubus de Santos, em Janeiro de 1973, no Clube XV de Santos: Os urubus da Sociedade. As fotos dos urubus estavam cobertas por um pano preto, e o visitante para ver tinha que “levantar a saia”. A exposição foi considerada comunista e crivada de perguntas. Mas Araquém prosseguiu, e decidiu que iria sempre escolher com o coração.
A CARREIRA
O urubu na calçada Uma tarde, ainda em 1973, enquanto passada em frente a uma peixaria, viu um urubu na calçada. De dentro da peixaria sai uma menina, de três ou quatro anos, que se aproxima encantada do urubu. Ela ajusta sua modesta Pentax, sabia que ia acontecer alguma coisa. Então a menina se aproxima para acariciar o urubu e dois homens saem nervosos da peixaria. Um segura a criança e o outro espanta o urubu. Em seis fotos Araquém contou a história. Na