Araguaia
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ARCABOUÇO TECTONO-ESTRUTURAL
1.1 Introdução
Silva & Sá (1982) efetuaram uma interpretação dos mapas aerogeofísicos obtidos pelo Projeto Aerogeofísico Brasil-Canadá – PGBC da região norte do Estado do Tocantins e sudeste do Pará, onde reconheceram três domínios magnéticos, levando em conta o relevo, amplitude e freqüência das anomalias, tamanho e forma das linhas de contorno, nível geral de intensidade do campo magnético e direção de tendência das anomalias em diferentes zonas da área, caracterizando claramente os domínios do Cráton, da Faixa Orogênica Tocantins-Araguaia e da Sinéclise do Parnaíba, que constituem as três grandes unidades geotectônicas da região. Na Folha Araguaína, utilizando-se de todos os dados geológicos, geofísicos, geoquímicos, geocronológicos e petroquímicos existentes na área, foi possível dividi-Ia em três unidades tectônicas:
Domos Gnáissicos, correspondendo ao domínio cratônico de Silva & Sá (op. cit.); Faixa Orogênica
Tocantins-Araguaia (grupos Estrondo e Tocantins) e Sinéclise do Parnaíba.
Capeando essas unidades, foram registrados outros eventos deposicionais mais recentes, representados pelas coberturas arenosas e/ou detríti-
co-lateríticas, de idade terciária e quaternária e aluviões quaternárias, agrupadas nas unidades designadas Coberturas Tércio-Quaternárias e Depósitos Aluvionares (figura II.1.1).
1.2 Domos Gnáissicos
Em trabalhos anteriores, realizados ao sul da área, alguns autores assinalaram a existência de uma estrutura antifórmica (dômica) na região de
Colméia, situada na Folha Conceição do Araguaia.
Posteriormente, foram definidas outras estruturas semelhantes, formando um colar orientado na direção N-S, com aproximadamente 250km de extensão, ocorrendo, na área em estudo, os domos de
Rio das Cunhãs, Rio Jardim, Cantão, Grota Rica e
Cocalândia, cujas características são altamente significativas dentro do contexto geológico da região do Estado do Tocantins. Desses