Aquecimento global
A vulnerabilidade do país diante de impactos ambientais aumenta, além disso, devido à existência de doenças infecciosas, como a dengue, cólera, malária, febre amarela ou calazar (leishmaniose visceral), com surtos observados, por exemplo, em capitais do Nordeste (no início das décadas de 1980 e 1990, depois de maciça migração rural-urbana, impulsionada por secas prolongadas), e a urbanização concentrada (metropolização), que criou grandes aglomerados sujeitos a inundações, escorregamentos e aumento da poluição atmosférica (que pode provocar um aumento do número de óbitos).
Nordeste vulnerável
A região Nordeste apresenta, em especial, grande vulnerabilidade, relacionada aos baixos indicadores sociais (saúde, educação, saneamento básico etc) e à existência de altos índices de doenças endêmicas, em um substrato geográfico caracterizado pela semi-aridez e secas frequentes no sertão (como as de 1710-11, 1723-27, 1736-37, 1744-45, 1777-78, 1808-09, 1824-25, 1835-37, 1844-45, 1877-79, 1982-83, e 1997-98).
O clima semiárido apresenta baixa umidade do ar e elevada temperatura, que causam grande evaporação da água. Como os solos são, geralmente, rasos e pedregosos, não conseguem armazenar a água das chuvas por muito tempo. O resultado é um grande número de rios temporários ou intermitentes.
Menos chuva
As chuvas do sertão estão relacionadas, em parte, à dinâmica dos deslocamentos das massas de ar da Amazônia. Como, segundo algumas simulações, as chuvas e a umidade da Amazônia vão