Após algum tempo de análises e reflexões
A primeira vista o texto descreve um menino com uma caixa que vai se enchendo ao longo de diversas entregas, porém um olhar mais atendo deixa ver que a intenção não é apenas esta, mas sim demonstrar todo um universo subjetivo. Assim o menino tomou a forma do homem e a caixa ocupou, por sua vez, o lugar da sociedade estabelecendo dessa forma uma relação de dependência onde o homem (menino), deposita suas ações e seus anseios na sociedade (caixa) que por sua vez não lhe retribui até que perceba que apenas ele é responsável por suas ações (idéia).
Relacionando com a disciplina Fundamentos da Ciência Política, onde foi-nos apresentado o conceito que fazemos política em todas as nossas relações em grupo, quer ativa ou passivamente, percebemos que o menino (“aluno”) se conforma com sua condição de receptor, sem questionar, sendo subserviente ao entregador, considerando a ideia apresentada sobre o pensamento de Étienne de La Boétie. O menino apenas recebe as entregas (os saberes) e amontoando-as de forma desconexa, impossibilitando também que o entregador (o professor) seja desafiado a repensar sua forma de atuar, permitindo-se colocar no lugar do aluno, vendo suas dificuldades e descobrindo os saberes que o aluno já carrega consigo, o que permitiria, assim, que este fizesse novas descobertas (combinações).
Por fim pudemos concluir que, não importa o quanto de conhecimento você possua, a forma como você irá passar este conhecimento é que fará a diferença, educar não é a simples transferência de conhecimento, mas sim a certeza de que a mensagem foi entendida, despertando o outro para novos horizontes.