APS
Dario após passar mal enquanto caminha na caída da noite, é indagado sobre seu bem estar pelos pedestres do local, não consciente tem seu silêncio permanecido no ar. Causando uma grande paralisação quando as pessoas em sua volta percebem que se trata de um corpo estirado sobre a calçada, curiosos olhando a morte do outro para tentar entender a sua própria, tentando admirar o fato de ser outro sujeito naquela situação e não eles mesmos, observando não apenas o corpo agonizando e parado, mas sim, o próximo ato da natureza, a morte. Tendo em vista que com o passar do tempo e a falta dos cuidados necessários, será a única coisa que irá acontecer com Dario, que ainda estava com sua identidade preservada.
Tanto numa calçada quanto em um velório, as pessoas observam a cena com certa distância, possuindo um receio de que ‘aquilo poderá roubá-los a vida também’, prestando atenção em como a morte pode ser o maior ladrão do mundo, pois rouba a única coisa que não poderemos recuperar de nenhuma forma, sendo o nosso maior bem. Inconscientemente, o ser humano ao encontrar-se numa situação que envolve morte, fica repetindo a frase dentro de sua mente ‘Um dia será eu no lugar deste indivíduo’.
Tendo em vista o lado da psicanálise de Freud e a psicologia analítica de seu grande seguidor Carl Jung, a morte é a única coisa na qual não podemos administrar em nossas vidas, não conseguimos nem ao menos entender, pois a todo o momento surge uma nova teoria para desbancar a anterior com intuito de entendê-la, e ainda assim, é a nossa única certeza a partir do momento que vivemos. Mesmo assim, ainda nos causa tanta surpresa quando recebemos a notícia que alguém próximo chegou ao óbito, e sendo nossa primeira questão após tal informação, querer saber os motivos de tudo (como, porque, quando, onde), mas a grande verdade é que em relação à morte, só conseguimos fazer apenas uma coisa, imaginar a nossa ao observar a do outro.
Tornando-se assim, a morte de Dario, um