favela e influenciam a decisão de morar na favela (mesmo porque essa ação cooperativa é o que permite que a mulher saia ao mercado de trabalho). Se por um lado a mulher está mais presente no mercado de trabalho (mesmo que ainda tenha muito a galgar na competitividade com homens em termos de cargos e salários), em termos de representatividade política, não tem aumentado a participação de mulheres como representantes: são poucas conselheiras, vereadoras, deputadas, senadoras, lideres do movimentos sociais, entre outros. Há diversos fatores estruturais e culturais que explicam o reduzido acesso da mulher ao poder, reforçando a tendência das funções políticas permanecerem no domínio masculino13. Mas se o foco é cidadania, Eva Blay14 destaca que as bases que trabalham para a obtenção de votos são constituídas por mulheres; que existem movimentos sociais quase inteiramente constituídos por mulheres (como o de Saúde da Zona Leste); e que, aliás, “quase todos os movimentos de bairro, de vizinhança e comunitário têm base feminina”15. O que mais nos interessa nesse texto é perceber que as mulheres estão no debate do território. Uma pesquisa do Etapas sobre a presença das mulheres no Orçamento Participativo do município de Recife (2004) mostrou que 58% dos participantes eram mulheres e as conclusões do trabalho favela e influenciam a decisão de morar na favela (mesmo porque essa ação cooperativa é o que permite que a mulher saia ao mercado de trabalho). Se por um lado a mulher está mais presente no mercado de trabalho (mesmo que ainda tenha muito a galgar na competitividade com homens em termos de cargos e salários), em termos de representatividade política, não tem aumentado a participação de mulheres como representantes: são poucas conselheiras, vereadoras, deputadas, senadoras, lideres do movimentos sociais, entre outros. Há diversos fatores estruturais e culturais que explicam o reduzido acesso da mulher ao poder, reforçando a tendência das funções políticas