apresentação
O fim da experiência parlamentarista no Brasil, criada para impedir que João Goulart assumisse efetivamente o comando do país, conduziu a uma série de fatos que levaram a um golpe militar em 1964.
O plebiscito popular que exigiu a volta do presidencialismo, colocando Goulart no de fato poder, referendou o anseio por mudanças. As quais começaram a acontecer com medidas nacionalistas que entraram em choque direto com os interesses dos Estados Unidos da América (EUA) e dos grandes latifundiários brasileiros.
Notadamente a intenção de diminuir o limite máximo de envio de remessas das empresas estrangeiras para o exterior e de realizar uma ampla reforma agrária, fizeram com que setores da direita se relevassem em uma campanha contra o governo de Jango.
A UDN (União Democrática Nacional), o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática, o IPES (Instituto de Pesquisas Sociais), apoiados e financiados pelos EUA utilizaram os meios de comunicação de massa para vender a idéia de um governo comunista no poder.
Uma campanha que rapidamente ganhou a adesão da Igreja católica e das forças armadas, com a organização de grandes manifestações anti-governamentais, as marchas “da família, com Deus, pela liberdade”.
Fatos em cadeia que levaram o Brasil a uma ditadura de direita, com generais se alternado no poder e decidindo os destinos da nação, em um período, entre 1964 e 1985, que ficou conhecido como anos de chumbo.
Antecedentes do golpe
Em um comício, em 13 de março de 1964, o presidente João Goulart manifestou abertamente sua intenção de promover a reforma agrária, juntamente com a emancipação das refinarias e a desapropriação das terras situadas às margens das rodovias e dos açudes públicos.
A partir de então, a agitação contra o seu governo cresceu. Conflitos irromperam em São Paulo e Belo Horizonte, provocados pelos grupos de direita. Segundo René Armand Dreifuss, o tom da campanha contra o governo de Jango indicava