Apresentação TCC

Livro: A criança diante da morte – Desafios Autor: Wilma da Costa Torres Editora: Casa do Psicólogo

Este livro obriga a pensar sobre o destino, a vida e a morte, o inicio e o fim, são temas que ocupam o ser humano desde sempre. Quem nega a morte não pode aproveitar a vida, não poderá vive-la em sua realidade, imortal, não suportaria viver em tempos e espaços infinitos, imune a necessidades, sofrimentos e felicidade. Por isso, quando pensamos em “imortais”, não nos faz sentido, vê-los como humanos.
1. O desenvolvimento do conceito de morte na criança:
As razões para a investigação sobre o desenvolvimento das concepções da morte na infância são imperiosas, tendo em vista que o conceito da morte é um dos princípios organizadores mais importantes da vida, com impacto significativo na formação da personalidade e no desenvolvimento cognitivo. (Feifel, 1959; Kastenbaum & Aisenberg, 1983; Piaget, 61a; Yalom, 1980). Entretanto, pode-se dizer que as duas grandes teorias do desenvolvimento – a psicanálise e a epistemologia genética – exerceram inicialmente um papel encobridor nas pesquisas sobre este tema, na medida em que a psicanálise otordoxa afirma que os pensamentos acerca da morte somente aparecem depois do período edipiano, quando produto do medo da castração e os teóricos piagetianos afirmam que a compreensão de conceitos somente se dá quando a estrutura cognitiva da criança atingem as operações formais, no inicio da adolescência. Tais generalizações, da teoria freudiana, quanto a piagetiana, concluem que a criança nas primeiras fases do desenvolvimento nada compreende sobre a morte. Alguns teóricos e observadores, entre ele Maurer (1966,1974), defendem a tese de que a criança descobre a morte desde uma idade muito precoce, antes dos dois anos.Outros teóricos, do desenvolvimento, entre eles, Gisell, Ilg, Ames, (1971a), entretanto consideram que a criança na fase inicial do seu desenvolvimento, antes dos dois anos, não tem nenhuma