Apresentação Oral - Claude Debussy
Sempre de caráter experimental e desafiante, mostrava grande interesse pela utilização de dissonâncias - conjuntos de notas que soam mal ao ouvido comum - e outras técnicas de composição musical diferentes das que lhe eram ensinadas na escola.
Aos 22 anos, ganhou uma prestigiada bolsa para estudar na Academia das Belas Artes de Roma, graças a uma das suas primeiras composições. Apesar de ter aceite a bolsa, acabou por abandonar a instituição por se encontrar frequentemente deprimido e incapaz de compor, já que as suas obras eram criticadas e apelidadas de enigmáticas e bizarras.
De volta a Paris, envolveu-se numa série de relações tempestuosas. Após uma tentativa de suicídio da sua primeira esposa, o compositor divorciou-se e seguiu uma vida amorosa que culminou no casamento com Emma Bardac, uma cantora famosa da época com a qual teve a sua única filha, que se viria a tornar uma grande inspiração para as suas últimas obras. Aliás, todos os acontecimentos mais importantes, quer positivos ou negativos, da vida do artista se refletiam na música que fazia, e nos sentimentos que passava nessa música. Após 10 anos de um casamento atormentado, Debussy acabaria por morrer de cancro a 25 de Março de 1918.
O trabalho de Debussy enquanto compositor foi tanto controverso quanto inovador. As suas variadas obras mostram maturidade, modernismo, e tanta beleza que por vezes a sua inovação em técnica é ofuscada. Apesar de ter composto maioritariamente prelúdios, estudos e peças para piano, como a sua famosa “Clair de Lune”, que estamos agora a ouvir, o artista compôs também uma ópera que lhe garantiu o reconhecimento entre o público, algumas peças para