Aprendizagem
O CONCEITO DE APRENDIZAGEM ao estudar o tema da aprendizagem, deparou-se com um problema: a questão da sua definição. É impossível uma definição precisa e abrangente de um termo tão abrangente como o conceito de aprendizagem. A verdade é que, até o momento, a ciência não foi capaz de responder a uma pergunta, aparentemente simples: o que acontece no cérebro de uma pessoa quando ela aprende alguma coisa? Mas, supõe-se que deve haver uma modificação qualquer no sistema nervoso, cuja natureza ainda não foi totalmente esclarecida. Assim, pela impossibilidade de observação direta, a aprendizagem é constatada e estudada indiretamente, através de seus efeitos sobre comportamento. Para conceituar aprendizagem, portanto, é preciso referir-se às suas conseqüências sobre a conduta. A aprendizagem promove uma modificação no comportamento. Quando alguém aprende alguma coisa, seu comportamento fica alterado em algum aspecto, mesmo que a mudança não se evidencie imediatamente. No entanto, não é só a aprendizagem que provoca alterações na conduta. Outros fatores como maturação, os comportamentos inatos ou simples estados temporários do organismo como lesões, ingestão de drogas, fadiga, etc., também o fazem. Por isso, definir aprendizagem simplesmente como uma mudança no comportamento não é satisfatória. A maioria dos estudiosos estabeleceu dois critérios para ajudar discriminar as mudanças de comportamento promovidas pela aprendizagem daquelas que não o são: deverão ser: a) relativamente duradouras; b) devidas a alguma experiência ou treino anterior. Por “relativamente duradouras” entende-se que as mudanças não deverão ser necessariamente permanentes, mas de alguma duração. Este critério elimina as alterações devido a: • lesões (como o “mancar” por ter torcido o pé), • as drogas (como a reação retardada a estímulos por ingestão de tranqüilizantes), • a fadiga (como a eficiência diminuída pelo trabalho