aprendizagem

No segundo capítulo do livro de Isilda Palangana “Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social”, a autora, além de apresentar a proposta teórica de Lev Vygotsky, seus pressupostos filosóficos e epistemológicos, e a relação feita por ele entre o Desenvolvimento e o Processo de Aprendizagem, nos apresenta também o contexto histórico no qual o autor estava inserido.
Lev Semynovitch Vygotsky, nasceu em Orsha, pequena cidade da Rússia Ocidental, em 1896, e morreu precocemente, vítima de tuberculose em 1934 (aos 38 anos). Apesar de sua morte precoce, sua atuação profissional foi intensa, o que tornou seus trabalhos referenciais quando se fala de desenvolvimento e aprendizagem.
Após fundar e atuar no Instituto de Estudo das Deficiências, passou a se interessar mais pela Psicologia. Pode-se afirmar que seu trabalho teve início quando se detectou a “crise da psicologia”, já que a ciência psicologia era dividida em grupos teóricos divergentes: os influenciados pela filosofia empirista de John Locke – que enfatizavam que as ideias tinham origem nas sensações estimuladas pelo ambiente - e o grupo seguidor de Descartes e Kant – que se preocupavam em demostrar que o nível de consciência abstrata se trata da manifestação de faculdades espirituais originadas do psiquismo humano.
Diante de tais conflitos, Vygotsky desenvolveu uma abordagem que descreve os mecanismos pelos quais a cultura torna-se parte da natureza de cada pessoa, enfatizando as origens sociais da linguagem e do pensamento, orientando o estudo dos fenômenos psíquicos. Além das influencias da sociologia e da antropologia, a área da linguística foi fundamental na elaboração se seus trabalhos.
A partir de seu novo método, com base no pensamento que as mudanças históricas na sociedade e na vida material produzem modificações na consciência e no comportamento dos homens, Vygotsky apoiou-se em três princípios: o primeiro diz respeito à distância entre análise de um processo e analise