Aprendizagem, memória e emoções
O neurônio é uma célula, formado por três unidades básicas: dentritos, corpo celular e axônio, que processa e transmite informações através de uma sequência de impulsos elétricos que geram atividades em nossas células nervosas, sendo a condução dos sinais nervosos de natureza eletroquímica. O estímulo recebido na membrana neuronal é codificado e transmitido para outro neurônio, formando um circuito ou rede. Os neurônios recebem informação por meio dos dentritos e os axônios são os condutores dos impulsos nervosos, sendo envoltos pela mielina, que faz com que a intensidade do sinal seja mantida durante prolongados percursos na rede neuronal. Na infância, o processo de mielinização está em curso, até o término da adolescência, quando se estabiliza e se mantém pela vida adulta, Na velhice, os neurônios começam a perder mielina, e se inicia o processo de deteriorização das funções cognitivas e corporais. A capacidade de aprender está relacionada com a atividade dos neurônios, mas são as conexões, mais do que o número de neurônios, que fazem do cérebro humano um universo ímpar. Pensamentos, sensações, motivações, idéias, crenças, emoções, aprendizagem e a memória são resultados da influência que o ambiente e as relações sociais têm sobre a maneira como as células nervosas se comunicam. Cada pessoa detém um conjunto de predisposições genéticas particulares que influenciarão no desenvolvimento de habilidades, mas a concretização dessas habilidades será determinada pela prática, especialmente na faixa etária na qual o cérebro se apresenta mais sensível à modificação pela experiência. Cada função cognitiva se desenvolve em determinada fase crítica. A função visual se encerra por volta da idade escolar, os circuitos da linguagem até os dez anos, inteligência espacial na primeira infância. O período entre os três e quatro primeiros anos são os mais promissores na formação de sinapses e mais receptivas aos estímulos