Aprender é quase tão lindo quanto brincar
O texto começa com um diálogo entre duas meninas sobre o aprender, a autora Alicia Fernandez nos traz essa belíssima obra onde aprendemos que aprender é quase tão lindo quanto brincar. Nos mostra que ensinar e aprender estão correlacionados, não se pode pensar em um sem relação com o outro. Fica clara a relação entre a afetividade e o desenvolvimento cognitivo, confirmando que o pensar e o sentir estão intimamente ligados. Para a autora, aprender é ao mesmo tempo construir conhecimentos e construir-se como sujeito pensante. Não é uma tarefa meramente cognitiva e sim, carregada de subjetividade. Percebemos pelo texto como é forte a relação de confiança entre o sujeito e o aprendiz, o vínculo afetivo quando presente torna o aprendizado mais fácil e prazeroso. O caráter subjetivo da aprendizagem muitas vezes é esquecido, pais e professores as vezes colocam o aprendizado como uma obrigação e apelam para que a criança se dedique para se ter um futuro, deixando as crianças sem reconhecer seu próprio desejo de aprender. Mais do que ensinar, ser ensinante significa abrir um espaço para aprender, um espaço objetivo-subjetivo onde se realizam a construção de conhecimentos e a construção de si mesmo, como sujeito criativo e pensante. O ensinante tem que ser alguém que crê e quer que o aprendente aprenda. A função principal do professor é propiciar ferramentas e espaço adequado para que o aprendizado aconteça. É preciso que o professor encontre o prazer de ensinar para que possibilite o nascimento do prazer de aprender e para se obter esse conhecimento é preciso ter “vontade” de aprender, o conhecimento tem que dar prazer para quem aprende. A esperança é primordial na relação professor/aluno. O olhar com possibilidades à condição de aprender, que vem do afeto responsável, a meu ver é necessário para o encontro do indivíduo com a crença nele próprio (“eu posso”). Este espaço possibilita a circulação do saber em direção à vida e ao