Aprender é quase tão lindo quanto brincar
Você já parou pra pensar o que é ensinar? Ou, o que é aprender? Será que existe uma separação entre o ensinar e o aprender? Como se dá esta relação? Alicia Fernández, psicopedagoga argentina, autora do livro “O Saber em Jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento”, publicado na cidade de Porto Alegre, em 2001, vem trazendo no primeiro capítulo “Aprender É Quase Tão Lindo Quanto Brincar”, uma leitura dinâmica e reflexiva sobre este assunto. Através de um simples diálogo de duas crianças, a explicação sobre o aprender e o ensinar ficou muito clara, pois confirma que a aprendizagem é um processo que envolve vínculos entre quem ensina e quem aprende.
Como se dá à relação do ensinar e o aprender? Segundo Fernández (2001), o “ensinar e aprender estão imbricados; logo, não pode pensar em um se não está em relação com o outro”, para que possa ser aprendido alguma coisa há necessidade de espaço, uma relação que proporciona uma troca de aprendizado sem formatação entre o ensinante e o aprendente, este campo entre eles deve proporcionar o prazer, a motivação da autoria de pensar.
No início do capítulo, quando há o diálogo entre Silvina e sua irmã mais nova sobre o aprender, ela sentiu necessidade de nomear a pessoa que ensina, ou o ensinante, que no caso dela foi o pai. E esse ensinante, para ter sucesso com seu aprendente, é preciso aspirar confiança, prazer àquilo que será ensinado. O aprender deve ser prazeroso. Quem aprende constrói seus conhecimentos, é um processo de autoria individual de cada aprendente.
Pensamos aqui na relação “EU-TU”, que o homem tem uma dupla atitude relacional frente ao mundo, no vínculo com o outro, é uma relação viva, onde o Tu, se fazendo presente, configura o EU, é uma relação recíproca.
“O homem se torna um EU na relação com o Tu. O face-a-face aparece e se desvanece, os eventos de relação se condensam e se