Aprender a relaxar
Ansiedade funcional e disfuncional Todas as pessoas experimentam, pelo menos ocasionalmente, um determinado grau de ansiedade. Isto não é necessariamente negativo - na verdade, a ansiedade desempenha a importante função de proteger o organismo contra o perigo. Quando é percepcionada uma ameaça, são os diferentes componentes da resposta de ansiedade (aumento do ritmo cardíaco, aumento do ritmo respiratório, aumento da tensão muscular, criação de um estado de alerta) que permitem que o indivíduo esteja preparado para a acção (seja esta o ataque ou fuga). Assim, se, por exemplo, estás a atravessar uma rua e vês um carro a dirigr-se para ti a grande velocidade, é a resposta de ansiedade que permite que fujas para o passeio e, consequentemente, não sejas atropelado. No entanto, pode também acontecer que a pessoa experimente níveis de ansiedade que sejam desproporcionais face às ameaças reais que enfrenta no seu quotidiano - ou seja, que se sinta demasiado ansiosa e durante demasiado tempo. Nestes casos, a ansiedade torna-se disfuncional e, em vez de preparar o indivíduo para a acção, passa a prejudicar essa mesma acção. Torna-se então importante conseguir reduzir essa ansiedade. Como? Antes de mais, importa salientar que a capacidade de relaxar é uma capacidade como qualquer outra (conduzir um carro, praticar um desporto, etc). Isto implica que qualquer pessoa a pode adquirir de forma mais ou menos autónoma, bastando para tal aprender um conjunto de procedimentos e praticá-los com alguma paciência - os resultados surgirão de forma gradual. Dos vários procedimentos possíveis, dois se destacam pela sua simplicidade e eficácia: a respiração diafragmática e o relaxamento muscular progressivo. Estes procedimentos não são mutuamente exclusivos; pelo contrário, a sua combinação potencia a obtenção do estado de relaxamento pretendido. Respiração diafragmática O que é?
O diafragma é um músculo largo, em forma de leque, que separa a cavidade toráxica