Aprendendo uma segunda língua
Aprendendo uma segunda língua
Entender a capacidade humana de aprender e assimilar línguas é interesse de teóricos há muito tempo. Estudos sobre o assunto já era feito no antigo Egito no qual o homem procurava entender a capacidade de assimilar e usar línguas. Ricardo Schütz é um pesquisador do ensino de inglês em diferentes países e tem 16 anos de experiência no ensino de inglês. Em seu artigo “A idade e o aprendizado de línguas” Schütz, aborda o desempenho cognitivo do ser humano e também as diferenças entre crianças e adultos no aprendizado de línguas. Para Schütz (2004), a idade crítica para a aprendizagem de uma língua estrangeira se encontra entre os 12 e os 14 anos, podendo variar muito conforme a pessoa e as características do ambiente lingüístico onde o aprendizado acontece. Segundo ele, é nesta fase que o cérebro está suficientemente maleável para permitir que a criança aprenda outra língua com facilidade. De acordo com estudos, a principal dificuldade que se manifesta na fase da puberdade é a pronúncia.
Apesar da relação idade na aprendizagem, é de extrema importância ressaltar que a aprendizagem de uma língua estrangeira não se restringe apenas a fatores cronológicos, mas também a fatores biológicos, cognitivos, de ordem afetiva e também o ambiente e o input lingüístico.
Os fatores biológicos envolvem o cérebro, o aparelho auditivo e o aparelho articulatório. Dentre estes, o cérebro é o mais importante. Estudos na neurociência demonstram que existem dois hemisférios cerebrais no qual desempenham diferentes funções. Essa laterização do cérebro acontece na fase da puberdade, portanto, o desempenho da criança é muito maior pelo fato de que os dois hemisférios estão mais interligados do que o de um adulto.
Schütz afirma ainda que a criança tem mais facilidade na pronúncia de uma segunda língua pois ainda não tem sua matriz fonologia sedimentada. O adulto com hábitos mais enraizados acaba produzindo